quinta-feira, 29 de novembro de 2012

História do Jornalismo Brasileiro



No fim dos anos 50 o Jornalismo Brasileiro começa passar por várias transformações. Antes, o jornalismo, influenciado pela escola francesa, não era tão objetivo e dava margens para que as noticias fossem comentadas e a opinião do jornalista fosse dita.Mas a partir do fim da década de 50,influenciado pela escola americana,o jornalismo brasileiro passa por toda uma reestruturação,as redações passam a ser mais organizadas e a estrutura de como contar a noticia muda.Nesse momento a noticia passa ser objetiva,essa forma de escrever é caracterizada por um lead, a cabeça do texto onde as perguntas essenciais serão respondidas e no restante do texto serão dados os detalhes,há uma valorização da técnica em detrimento a capacidade do repórter.Para se opor a essa nova estrutura do jornalismo,alguns jornalistas organizaram jornais e revistas como o exemplo da Revista Atualidade e de O Pasquim.

Revista Realidade
A revista foi lançada pela editora Abril em 1966 e foi descontinuada em janeiro de 1976.Apresentava  características inovadoras,o Jornalista tinha mais liberdade sobre o seu texto e podia “viver “ a reportagem.Era escrita sobre influencia de um novo estilo o New Jounalism.A revista teve grande êxito,porem com a decretação do AI5 em dezembro de 1968,a revista perde parte do seu caráter de denuncia e entra em declínio.

O Pasquim
Foi um semanário brasileiro lançado em junho de 1969 e foi um dos maiores críticos à ditadura militar. Começou com uma tiragem bem baixa,mas em seu auge chegou aos 200 mil exemplares.Tinha como temas principais  sexo,drogas,feminismo etc.Sofreu forte repressão e censura durante o governo militar.mas sua ultima edição só foi lançada no ano de 1991.
Ainda hoje,desde que os jornalistas começam  o curso de jornalismo,são condicionados ao método tradicional de escrever noticias.Como podemos ver,esse método foi questionado desde seu principio e já foram apresentados outros meios de “fazer jornalismo”.Hoje o jornalismo deve se modernizar e adaptar sua linguagem ,pois a sociedade já avançou muito e talvez o método dito tradicional já não seja o mais adequado a nossa realidade.


Alison,Leonardo,Felipe e Pedro

A imprensa também tem história

A história da imprensa
Alunos: Barbara Blanco, Julio Maciel e Luiza Bellotto

     O meio jornalístico tem seu “marco” na década de 1950, quando houve a maior modernização do Brasil nessa área. A partir desse período a profissionalização do jornalista passou a ser mais rigorosa e a imprensa, ganhando mais investimentos, passou a ser vista como um verdadeiro veículo de trabalho, ganhando hierarquia e características de uma empresa. A linguagem rebuscada, herança de um jornalismo francês, perdeu lugar para o novo modelo de simplicidade e objetividade dos novos jornais, influenciados pelo jornalismo norte-americano.

    O jornal símbolo dessa mudança é O Jornal do Brasil, existente desde o século 19, feito para fins republicanos. Com a substituição de seu dono, passou a ser mais moderno e transcrever a notícia como a vemos hoje. Seu design também se transformou com a reforma gráfica feita pelo designer Amilcar de Castro: as notícias eram centralizadas e os assuntos divididos em cadernos (esporte, cotidiano, economia...).

    O modelo de jornalismo feito hoje também teve seu início no jornal O Diário Carioca, que implantou o lead e a pirâmide invertida (dando as informações principais da notícia logo no primeiro parágrafo). A simplicidade e objetividade passaram a ser mais importantes também nesse jornal.


    É isso que podemos inserir na ideia de “jornalismo radical”, que propõe a fratura da contemporaneidade, buscando as linhas de vulnerabilidade do presente, com uma invenção do atual, em que os pensamentos devem ser voltados aos problemas do presente, pensada pelo filósofo Michel Foucault.

    E por esse diagnóstico da atualidade, adquire-se uma nova percepção do presente, fazendo com que isso se torne mais dinâmico -o jornalista passa a produzir mais matérias, sempre buscando ser recente- e imparcial. A hierarquia existia, porém, não era declarada.

    Na década de 60, marca-se um período turbulento cultural e politicamente no Brasil. A Revista Realidade surge do grupo Abril. O período efervescente com maior apologia a drogas, homossexualidade em alta, Guerra Fria, novos modos de vida em evidência (ex: hippies) dava à revista um caráter alternativo. Os jornalistas que nela trabalhavam foram os introdutores do Novo Jornalismo no país -através do jornalismo literário- e eram de uma esquerda militante. Praticavam a contracultura. Com a criação do AI5, os meios de comunicação se enfraqueceram
 e com a Revista não foi diferente, causando a demissão por parte da maioria dos profissionais, que passaram a montar outros órgãos alternativos.

    A partir do desmembramento da Realidade, surge, na década de 70, o jornal O Pasquim, que tinha uma visão mais crítica e era de tiragem nacional. A característica desse meio era a contracultura e o repúdio ao regime da época. Com a “cultura da droga” ainda em alta (Carlos Maciel, jornalista, era considerado o guru das drogas), o Pasquim aproveitava-se desse momento para fazer um jornalismo realmente diferente e mais subjetivo. Não havia hierarquia dentro da “empresa não oficializada”, e eles usavam uma linguagem própria, inesperada para a época, com certo toque de humor. Tal jornal também foi vítima da censura.


   A partir da década de 90, o jornalismo passa a ser mais homogêneo, reproduzindo discursos de classes dominantes. Esse modo de jornalismo permanece até hoje, misturando fortes pontos da história e esperando outros modelos nos anos e jornalistas que virão.



Resquícios da Ditadura militar na imprensa brasileira

Grupo: Luiza Callado, Maria Eugenia Forigo e Samara Garcia

Na Europa a história da imprensa começa nos anos 50/60. Já no Brasil o surgimento da imprensa foi considerado tardio. A imprensa começou a se tornar algo forte na década de 90, mas deu seus primeiros passos em 1808, mesmo ano da chegada da Família Real.
Na época os jornais tinham uma característica complexa: viviam do interesse político e financeiro, do interesse pessoal do chefe de redação e tinha uma influência francesa na escrita, textos literais e rebuscados. O jornalismo se tornou uma empresa.

O primeiro jornal, Jornal do Brasil, veio acompanhado da modernização, mas ainda era escrito de acordo com a influência europeia. O Diário Carioca, já era diferente, mais objetivo na escrita, crença norte-americana, e introduziu o lead: uma maneira de escrever que é usada até hoje.

Golpe de 64 e o início da ditadura militar no Brasil. AI-5: “Impunha a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.” A grande imprensa sofria censura da ditadura ou se aliava com o governo, enquanto que a imprensa alternativa (nanica) denunciavam os abusos de tortura e violação dos direitos humanos no Brasil. A imprensa alternativa era redigida por jornalistas de movimento popular ou de orientação política de esquerda, em boa parte, despedidos dos grandes veículos.


Revista Realidade, uma revista que mostrava entendimento sobre o presente, tinha grandes reportagens que realmente mostravam o cotidiano, nasceu em novembro de 1964. Bondinho e Ex, jornais da época da ditadura que relatavam direta ou indiretamente a verdadeira situação política tinha grandes nomes, como Pasquim, nos bastidores. São jornais e revista que marcaram a época.
Em 25 de outubro de 1975, sob tortura, foi assassinado o jornalista chefe da TV Cultura, Vladimir Herzog. Porém o governo ‘manipulou’ a cena do crime e fotografou. Com isso a imprensa toda se movimentou atrás da verdade e a partir desse ocorrido a censura e a ditadura foram perdendo sua força. “Naquela época o verdadeiro sentido do jornalismo era ir atrás da verdade, hoje em dia com a internet o jornalismo está muito diferente.” Conta Elvira Alegre, fotógrafa que participou do velório e enterro de Herzog.

Hoje em dia, o jornalismo não sofre censura do governo, mas os próprios jornalistas, às vezes, se autocensuram e isso são apenas as marcas que a ditadura deixou.

Breve história da Imprensa no Brasil




Grupo: Agnes Nunes, Bruna Diniz e Shirlley Lopes. 

A década de 1950 é considerada a de maior modernização no Brasil, foi o “divisor de águas” na indústria jornalística. A profissão que antes não era tão valorizada passou a ganhar destaque, como uma verdadeira empresa, e como tal, obteve mais investimento na formação de profissionais da área. Começava a existir cargos e setores dentro dos jornais. Tais significativas mudanças tiveram seu início no Rio de Janeiro, sob influência do jornalismo francês. Além disso, muitos jornalistas brasileiros que trabalharam nas redações norte-americanas ajudaram a modernizar os jornais do Brasil.

O Jornal do Brasil da década de 19 é um grande exemplo dessa mudança. A partir da década de 50, os meios de comunicação impresso passaram a ser como são os de hoje. Começa naquela época também a divisão em cadernos nos jornais (esporte, economia, cidade, entretenimento e mais).

O Diário Carioca pode ser considerado o mais importante para as transformações, pois a partir dele que a nova forma de fazer o jornal, como o uso do lead, foi aplicada. A dinamicidade, praticidade, imparcialidade passaram a ter mais importância. Naquele  momento, a técnica de se fazer jornalismo passou a ser mais valorizada que o intelecto do jornalista. As notícias eram contadas com a urgência necessária e sem qualquer tom de subjetividade que pudesse refletir o grau de conhecimento e opinião do profissional.
O jornal passou a ser dividido em departamentos com profissionais especializados em cada área, porém sem uma hierarquia declarada.

Nos anos 60, surgiam as transformações culturais. O uso de drogas, pessoas assumindo a homossexualidade entre outras atitudes, davam ao período a sensação de efervescência. A Revista Realidade usava como gancho esses grandes agitos cotidianos e os relatavam em reportagens sobre vivências.


Na década de 1970 começaram a surgir órgãos mais alternativos de comunicação. O jornal Pasquim é um exemplo de inovação e, principalmente, originalidade. Inaugurou características muito próprias de se fazer o jornalismo impresso. Sua linguagem era contemporânea, universal, “feita por jovens”. Um dos aspectos que mais o diferenciava dos outros jornais era o fato de ele não se preocupar em publicar as notícias em si. Boa parte do espaço ocupado em O Pasquim era com entrevistas descompromissadas.



“Se misture com o povo, deixe de ser jornalista.” Eles tinham uma visão diferente daquilo que foi pregado com a modernização do jornalismo. O jornalista deveria ter certa “participação”, não direta, no fato, para ter propriedade no que era dito nas matérias publicadas.

Em 1990 começam os trabalhos preocupados com o Jornalismo. A História diz que a imprensa passa um discurso homogêneo, de toda a massa. O Jornal é certo construtor da realidade, a notícia faz parte dos acontecimentos históricos.

Com o passar do tempo, os jornais de todo o Brasil absorveram essas novidades, e outras inovações que vieram surgindo com os anos, e que ainda virão.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A CRISE

GRUPO: ANDERSON CAMARGO, CHRISTIAN SILVANO E MARCO ANTONIO BARROS


O jornalismo atual vive uma crise: a reprodução desenfreada de imagens, as notícias e reportagens cada vez mais enxutas, muitas vezes sem criatividade e manipuladas, dominam as prateleiras das bancas de jornal e a Internet.

Não é de hoje que a imprensa reproduz o discurso de grupos dominantes. Na história da imprensa brasileira os interesses políticos e financeiros guiaram as redações para rumos errôneos, que feriram a ética do jornalismo.

Nas décadas de 50 e 60 o jornal impresso obteve recordes de popularidade. Jornais como o Diário Carioca, o primeiro a introduzir o lead no país, se influenciaram com técnicas do jornalismo norte-americano, agilizando o trabalho dos jornalistas. Hoje muitos jornais fecham as portas, seja pela má qualidade, pela falta de estrututa, falta de interesse do leitor ou que não conseguiram acompanhar a Era digital.

Um bom exemplo de imprensa preocupada com a atualidade é o da revista Realidade, lançada pela Editora Abril em 1966. A Realidade foi um divisor de águas na imprensa brasileira. A revista apresentava características inovadoras para a época, com matérias em primeira pessoa e fotos que deixavam perceber a existência do fotógrafo. Destacou-se também por suas grandes reportagens, permitindo que o repórter 'vivesse' a matéria, características do new journalism.



Seus jornalistas contestavam à ordem autoritária vigente na época, a Ditadura Militar. A revista fixou um profundo vínculo com o social, estabelecendo com o seu público os significados de uma época. Mas com o passar do tempo atrelada a repressão do governo cada vez mais intenso, a Realidade foi perdendo sua inovação até 1976, quando parou de circular.

Hoje, que tipo de revista ou jornal se preocupa com o presente? Talvez a que consiga chega mais perto é a Piauí, pelo fato do uso do jornalismo literário, dando um teor ficcional às reportagens, além da dedicação de vários aspectos a cultura brasileira. Mesmo assim, não há uma imprensa que abra espaço para a liberdade, otimizando uma nova maneira de transformação.



Falam muito da Veja, com o velho discurso clichê de sempre, a revista pró PSDB, mas e a Carta Capital, não seria pró PT? As duas se enquadram na mesma categoria, a dos interesses políticos.

Desse modo, devemos rediscutir a ética, o compromisso social e a vulnerabilidade do jornalismo. É necessário o entendimento do homem contemporâneo, para enfim propormos uma imprensa que informe e denuncie sem vínculos de oportunismo, levando ao leitor uma reflexão. Seria utópico? Quem sabe, não custa tentar.

Para completar, vejam o vídeo do jornalista e crítico brasileiro Eugênio Bucci, sobre ética e Era Digital:


A importância do DC e do JB na história da imprensa brasileira

GRUPO - SEMINÁRIO IV - BRUNA OZUNA SONODA, NICOLY BELLO E THIAGO IENCO

O Diário Carioca (1928-1965) nunca esteve entre os grandes jornais brasileiros, mas, ainda assim, marcou época e contribuiu para a modernização da nossa imprensa. Maria Cecília Costa Junqueira, recentemente, publicou um livro que evidência muito bom este aspecto. Cecília Costa, jornalista e escritora, é mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e trabalhou por 28 anos em redações jornalísticas, como a do Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil e O Globo. No livro "Diário Carioca - o jornal que mudou a imprensa brasileira", Cecília conta com a ajuda de Ana Arruda, Ferreira Gullar, Gilson Campos e Murilo Melo Filho. O "DC" já teve como colaboradores nomes como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, além de ícones do jornalismo atual, como Jânio de Freitas, hoje colunista da Folha de S. Paulo.

O Diário Carioca implantou no jornalismo brasileiro a técnica redacional norte-americana do lide e do sublide, que veio substituir, em nosso jornalismo, o velho "nariz de cera". A nova técnica introduzia o leitor de imediato no fato que estava sendo noticiado, já que, em dois parágrafos de quatro linhas cada, saberia o fato que se queria contar, quem era o autor da ação, onde e quando ocorrera e por quê, se fosse o caso.


Alguns redatores se transferiram para o Jornal do Brasil em 1958, no momento em que se iniciou a renovação do velho jornal, então transformado num veículo de anúncios classificados. Nem redação tinha mais, e as notícias eram transcrições do que publicava a agência oficial do governo federal.


A renovação do Jornal do Brasil começou, de fato, com o suplemento literário (o "SDJB"), criado por Reynaldo Jardim no ano de 1956. O êxito desse suplemento estimulou Pereira Carneiro, sua proprietária, a renovar o próprio jornal. Odylo Costa Filho foi chamado para fazê-lo.


Com a colaboração de Amílcar de Castro, começou uma revolução gráfica no "JB". Naquela época, as primeiras páginas dos jornais eram ocupadas por matérias que continuavam nas páginas de dentro, quaisquer páginas. Através da intervenção de Jânio de Freitas, a primeira página ficou ocupada com resumos das notícias principais, que estariam completas numas mesmas páginas, conforme o assunto. Isso obrigou a escrever matérias em tamanho definido. Assim nasceu o papel diagramado: cada redator tinha que ater-se a um número exato de linha. O jornal ganhou em em organização e clareza. Pouco a pouco, os demais jornais absorveram as inovações sugeridas pelo Jornal do Brasil. 



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cineastas indígenas: Imbé Gíkegü - Nguné Elü



      “Cineastas indígenas: Kiukuro, é dividido em dois comentários: “Imbé Gíkegü, Cheiro de Pequí” e “Nguné Elü, O dia em que a lua menstruou”. Nos mostra todas as tradições, crenças, mitos de um povo e também como os índios Kiukuro, do alto Xingu, se organizam em sociedade.

     Lançado em 2006, através de um projeto chamado “Vídeo nas aldeias”, que trabalha com a formação em produção áudio visual para os Kiukuro, o documentário é produzido pelos próprios índios da aldeia. Ganhou diversos prêmios como documentário, inclusive o de Melhor Curta-Metragem no Festival Présence Autochtone em Montréal, Canadá.


     Na primeira parte do documentário -
Imbé Gíkegü, Cheiro de Pequi – nos conta a lenda/mito do nascimento do fruto pequi. Um jacaré tomava a forma humana, cortejava e conquistava as mulheres da aldeia. O homem que foi traído matava o jacaré e no local onde este morreu nascia um pé de pequi. É mostrado também outras tradições e costumes sexuais dos índios. Segundo lendas, se os deuses Kiukuro estiverem felizes, haverá muito fertilidade e uma grande colheita de pequis. Quando o pequi está escasso, eles arranham os troncos das plantas com um dente de jacaré, para que volte a dar frutos.


     Na segunda parte do documentário - Nguné Elü, O dia em que a lua menstruou – é retratada outra lenda dos Kiukuro: a de que a lua menstrua. A lua é considerada homem, mas no momento em que ocorre um eclipse virá mulher. Eles acreditam que a lua está menstruando e que o sangue pingará como chuva.


Alunas: Luiza Callado, Maria Eugênia Forigo e Samara Garcia