quinta-feira, 29 de novembro de 2012

História do Jornalismo Brasileiro



No fim dos anos 50 o Jornalismo Brasileiro começa passar por várias transformações. Antes, o jornalismo, influenciado pela escola francesa, não era tão objetivo e dava margens para que as noticias fossem comentadas e a opinião do jornalista fosse dita.Mas a partir do fim da década de 50,influenciado pela escola americana,o jornalismo brasileiro passa por toda uma reestruturação,as redações passam a ser mais organizadas e a estrutura de como contar a noticia muda.Nesse momento a noticia passa ser objetiva,essa forma de escrever é caracterizada por um lead, a cabeça do texto onde as perguntas essenciais serão respondidas e no restante do texto serão dados os detalhes,há uma valorização da técnica em detrimento a capacidade do repórter.Para se opor a essa nova estrutura do jornalismo,alguns jornalistas organizaram jornais e revistas como o exemplo da Revista Atualidade e de O Pasquim.

Revista Realidade
A revista foi lançada pela editora Abril em 1966 e foi descontinuada em janeiro de 1976.Apresentava  características inovadoras,o Jornalista tinha mais liberdade sobre o seu texto e podia “viver “ a reportagem.Era escrita sobre influencia de um novo estilo o New Jounalism.A revista teve grande êxito,porem com a decretação do AI5 em dezembro de 1968,a revista perde parte do seu caráter de denuncia e entra em declínio.

O Pasquim
Foi um semanário brasileiro lançado em junho de 1969 e foi um dos maiores críticos à ditadura militar. Começou com uma tiragem bem baixa,mas em seu auge chegou aos 200 mil exemplares.Tinha como temas principais  sexo,drogas,feminismo etc.Sofreu forte repressão e censura durante o governo militar.mas sua ultima edição só foi lançada no ano de 1991.
Ainda hoje,desde que os jornalistas começam  o curso de jornalismo,são condicionados ao método tradicional de escrever noticias.Como podemos ver,esse método foi questionado desde seu principio e já foram apresentados outros meios de “fazer jornalismo”.Hoje o jornalismo deve se modernizar e adaptar sua linguagem ,pois a sociedade já avançou muito e talvez o método dito tradicional já não seja o mais adequado a nossa realidade.


Alison,Leonardo,Felipe e Pedro

A imprensa também tem história

A história da imprensa
Alunos: Barbara Blanco, Julio Maciel e Luiza Bellotto

     O meio jornalístico tem seu “marco” na década de 1950, quando houve a maior modernização do Brasil nessa área. A partir desse período a profissionalização do jornalista passou a ser mais rigorosa e a imprensa, ganhando mais investimentos, passou a ser vista como um verdadeiro veículo de trabalho, ganhando hierarquia e características de uma empresa. A linguagem rebuscada, herança de um jornalismo francês, perdeu lugar para o novo modelo de simplicidade e objetividade dos novos jornais, influenciados pelo jornalismo norte-americano.

    O jornal símbolo dessa mudança é O Jornal do Brasil, existente desde o século 19, feito para fins republicanos. Com a substituição de seu dono, passou a ser mais moderno e transcrever a notícia como a vemos hoje. Seu design também se transformou com a reforma gráfica feita pelo designer Amilcar de Castro: as notícias eram centralizadas e os assuntos divididos em cadernos (esporte, cotidiano, economia...).

    O modelo de jornalismo feito hoje também teve seu início no jornal O Diário Carioca, que implantou o lead e a pirâmide invertida (dando as informações principais da notícia logo no primeiro parágrafo). A simplicidade e objetividade passaram a ser mais importantes também nesse jornal.


    É isso que podemos inserir na ideia de “jornalismo radical”, que propõe a fratura da contemporaneidade, buscando as linhas de vulnerabilidade do presente, com uma invenção do atual, em que os pensamentos devem ser voltados aos problemas do presente, pensada pelo filósofo Michel Foucault.

    E por esse diagnóstico da atualidade, adquire-se uma nova percepção do presente, fazendo com que isso se torne mais dinâmico -o jornalista passa a produzir mais matérias, sempre buscando ser recente- e imparcial. A hierarquia existia, porém, não era declarada.

    Na década de 60, marca-se um período turbulento cultural e politicamente no Brasil. A Revista Realidade surge do grupo Abril. O período efervescente com maior apologia a drogas, homossexualidade em alta, Guerra Fria, novos modos de vida em evidência (ex: hippies) dava à revista um caráter alternativo. Os jornalistas que nela trabalhavam foram os introdutores do Novo Jornalismo no país -através do jornalismo literário- e eram de uma esquerda militante. Praticavam a contracultura. Com a criação do AI5, os meios de comunicação se enfraqueceram
 e com a Revista não foi diferente, causando a demissão por parte da maioria dos profissionais, que passaram a montar outros órgãos alternativos.

    A partir do desmembramento da Realidade, surge, na década de 70, o jornal O Pasquim, que tinha uma visão mais crítica e era de tiragem nacional. A característica desse meio era a contracultura e o repúdio ao regime da época. Com a “cultura da droga” ainda em alta (Carlos Maciel, jornalista, era considerado o guru das drogas), o Pasquim aproveitava-se desse momento para fazer um jornalismo realmente diferente e mais subjetivo. Não havia hierarquia dentro da “empresa não oficializada”, e eles usavam uma linguagem própria, inesperada para a época, com certo toque de humor. Tal jornal também foi vítima da censura.


   A partir da década de 90, o jornalismo passa a ser mais homogêneo, reproduzindo discursos de classes dominantes. Esse modo de jornalismo permanece até hoje, misturando fortes pontos da história e esperando outros modelos nos anos e jornalistas que virão.



Resquícios da Ditadura militar na imprensa brasileira

Grupo: Luiza Callado, Maria Eugenia Forigo e Samara Garcia

Na Europa a história da imprensa começa nos anos 50/60. Já no Brasil o surgimento da imprensa foi considerado tardio. A imprensa começou a se tornar algo forte na década de 90, mas deu seus primeiros passos em 1808, mesmo ano da chegada da Família Real.
Na época os jornais tinham uma característica complexa: viviam do interesse político e financeiro, do interesse pessoal do chefe de redação e tinha uma influência francesa na escrita, textos literais e rebuscados. O jornalismo se tornou uma empresa.

O primeiro jornal, Jornal do Brasil, veio acompanhado da modernização, mas ainda era escrito de acordo com a influência europeia. O Diário Carioca, já era diferente, mais objetivo na escrita, crença norte-americana, e introduziu o lead: uma maneira de escrever que é usada até hoje.

Golpe de 64 e o início da ditadura militar no Brasil. AI-5: “Impunha a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.” A grande imprensa sofria censura da ditadura ou se aliava com o governo, enquanto que a imprensa alternativa (nanica) denunciavam os abusos de tortura e violação dos direitos humanos no Brasil. A imprensa alternativa era redigida por jornalistas de movimento popular ou de orientação política de esquerda, em boa parte, despedidos dos grandes veículos.


Revista Realidade, uma revista que mostrava entendimento sobre o presente, tinha grandes reportagens que realmente mostravam o cotidiano, nasceu em novembro de 1964. Bondinho e Ex, jornais da época da ditadura que relatavam direta ou indiretamente a verdadeira situação política tinha grandes nomes, como Pasquim, nos bastidores. São jornais e revista que marcaram a época.
Em 25 de outubro de 1975, sob tortura, foi assassinado o jornalista chefe da TV Cultura, Vladimir Herzog. Porém o governo ‘manipulou’ a cena do crime e fotografou. Com isso a imprensa toda se movimentou atrás da verdade e a partir desse ocorrido a censura e a ditadura foram perdendo sua força. “Naquela época o verdadeiro sentido do jornalismo era ir atrás da verdade, hoje em dia com a internet o jornalismo está muito diferente.” Conta Elvira Alegre, fotógrafa que participou do velório e enterro de Herzog.

Hoje em dia, o jornalismo não sofre censura do governo, mas os próprios jornalistas, às vezes, se autocensuram e isso são apenas as marcas que a ditadura deixou.

Breve história da Imprensa no Brasil




Grupo: Agnes Nunes, Bruna Diniz e Shirlley Lopes. 

A década de 1950 é considerada a de maior modernização no Brasil, foi o “divisor de águas” na indústria jornalística. A profissão que antes não era tão valorizada passou a ganhar destaque, como uma verdadeira empresa, e como tal, obteve mais investimento na formação de profissionais da área. Começava a existir cargos e setores dentro dos jornais. Tais significativas mudanças tiveram seu início no Rio de Janeiro, sob influência do jornalismo francês. Além disso, muitos jornalistas brasileiros que trabalharam nas redações norte-americanas ajudaram a modernizar os jornais do Brasil.

O Jornal do Brasil da década de 19 é um grande exemplo dessa mudança. A partir da década de 50, os meios de comunicação impresso passaram a ser como são os de hoje. Começa naquela época também a divisão em cadernos nos jornais (esporte, economia, cidade, entretenimento e mais).

O Diário Carioca pode ser considerado o mais importante para as transformações, pois a partir dele que a nova forma de fazer o jornal, como o uso do lead, foi aplicada. A dinamicidade, praticidade, imparcialidade passaram a ter mais importância. Naquele  momento, a técnica de se fazer jornalismo passou a ser mais valorizada que o intelecto do jornalista. As notícias eram contadas com a urgência necessária e sem qualquer tom de subjetividade que pudesse refletir o grau de conhecimento e opinião do profissional.
O jornal passou a ser dividido em departamentos com profissionais especializados em cada área, porém sem uma hierarquia declarada.

Nos anos 60, surgiam as transformações culturais. O uso de drogas, pessoas assumindo a homossexualidade entre outras atitudes, davam ao período a sensação de efervescência. A Revista Realidade usava como gancho esses grandes agitos cotidianos e os relatavam em reportagens sobre vivências.


Na década de 1970 começaram a surgir órgãos mais alternativos de comunicação. O jornal Pasquim é um exemplo de inovação e, principalmente, originalidade. Inaugurou características muito próprias de se fazer o jornalismo impresso. Sua linguagem era contemporânea, universal, “feita por jovens”. Um dos aspectos que mais o diferenciava dos outros jornais era o fato de ele não se preocupar em publicar as notícias em si. Boa parte do espaço ocupado em O Pasquim era com entrevistas descompromissadas.



“Se misture com o povo, deixe de ser jornalista.” Eles tinham uma visão diferente daquilo que foi pregado com a modernização do jornalismo. O jornalista deveria ter certa “participação”, não direta, no fato, para ter propriedade no que era dito nas matérias publicadas.

Em 1990 começam os trabalhos preocupados com o Jornalismo. A História diz que a imprensa passa um discurso homogêneo, de toda a massa. O Jornal é certo construtor da realidade, a notícia faz parte dos acontecimentos históricos.

Com o passar do tempo, os jornais de todo o Brasil absorveram essas novidades, e outras inovações que vieram surgindo com os anos, e que ainda virão.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A CRISE

GRUPO: ANDERSON CAMARGO, CHRISTIAN SILVANO E MARCO ANTONIO BARROS


O jornalismo atual vive uma crise: a reprodução desenfreada de imagens, as notícias e reportagens cada vez mais enxutas, muitas vezes sem criatividade e manipuladas, dominam as prateleiras das bancas de jornal e a Internet.

Não é de hoje que a imprensa reproduz o discurso de grupos dominantes. Na história da imprensa brasileira os interesses políticos e financeiros guiaram as redações para rumos errôneos, que feriram a ética do jornalismo.

Nas décadas de 50 e 60 o jornal impresso obteve recordes de popularidade. Jornais como o Diário Carioca, o primeiro a introduzir o lead no país, se influenciaram com técnicas do jornalismo norte-americano, agilizando o trabalho dos jornalistas. Hoje muitos jornais fecham as portas, seja pela má qualidade, pela falta de estrututa, falta de interesse do leitor ou que não conseguiram acompanhar a Era digital.

Um bom exemplo de imprensa preocupada com a atualidade é o da revista Realidade, lançada pela Editora Abril em 1966. A Realidade foi um divisor de águas na imprensa brasileira. A revista apresentava características inovadoras para a época, com matérias em primeira pessoa e fotos que deixavam perceber a existência do fotógrafo. Destacou-se também por suas grandes reportagens, permitindo que o repórter 'vivesse' a matéria, características do new journalism.



Seus jornalistas contestavam à ordem autoritária vigente na época, a Ditadura Militar. A revista fixou um profundo vínculo com o social, estabelecendo com o seu público os significados de uma época. Mas com o passar do tempo atrelada a repressão do governo cada vez mais intenso, a Realidade foi perdendo sua inovação até 1976, quando parou de circular.

Hoje, que tipo de revista ou jornal se preocupa com o presente? Talvez a que consiga chega mais perto é a Piauí, pelo fato do uso do jornalismo literário, dando um teor ficcional às reportagens, além da dedicação de vários aspectos a cultura brasileira. Mesmo assim, não há uma imprensa que abra espaço para a liberdade, otimizando uma nova maneira de transformação.



Falam muito da Veja, com o velho discurso clichê de sempre, a revista pró PSDB, mas e a Carta Capital, não seria pró PT? As duas se enquadram na mesma categoria, a dos interesses políticos.

Desse modo, devemos rediscutir a ética, o compromisso social e a vulnerabilidade do jornalismo. É necessário o entendimento do homem contemporâneo, para enfim propormos uma imprensa que informe e denuncie sem vínculos de oportunismo, levando ao leitor uma reflexão. Seria utópico? Quem sabe, não custa tentar.

Para completar, vejam o vídeo do jornalista e crítico brasileiro Eugênio Bucci, sobre ética e Era Digital:


A importância do DC e do JB na história da imprensa brasileira

GRUPO - SEMINÁRIO IV - BRUNA OZUNA SONODA, NICOLY BELLO E THIAGO IENCO

O Diário Carioca (1928-1965) nunca esteve entre os grandes jornais brasileiros, mas, ainda assim, marcou época e contribuiu para a modernização da nossa imprensa. Maria Cecília Costa Junqueira, recentemente, publicou um livro que evidência muito bom este aspecto. Cecília Costa, jornalista e escritora, é mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e trabalhou por 28 anos em redações jornalísticas, como a do Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil e O Globo. No livro "Diário Carioca - o jornal que mudou a imprensa brasileira", Cecília conta com a ajuda de Ana Arruda, Ferreira Gullar, Gilson Campos e Murilo Melo Filho. O "DC" já teve como colaboradores nomes como Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira, além de ícones do jornalismo atual, como Jânio de Freitas, hoje colunista da Folha de S. Paulo.

O Diário Carioca implantou no jornalismo brasileiro a técnica redacional norte-americana do lide e do sublide, que veio substituir, em nosso jornalismo, o velho "nariz de cera". A nova técnica introduzia o leitor de imediato no fato que estava sendo noticiado, já que, em dois parágrafos de quatro linhas cada, saberia o fato que se queria contar, quem era o autor da ação, onde e quando ocorrera e por quê, se fosse o caso.


Alguns redatores se transferiram para o Jornal do Brasil em 1958, no momento em que se iniciou a renovação do velho jornal, então transformado num veículo de anúncios classificados. Nem redação tinha mais, e as notícias eram transcrições do que publicava a agência oficial do governo federal.


A renovação do Jornal do Brasil começou, de fato, com o suplemento literário (o "SDJB"), criado por Reynaldo Jardim no ano de 1956. O êxito desse suplemento estimulou Pereira Carneiro, sua proprietária, a renovar o próprio jornal. Odylo Costa Filho foi chamado para fazê-lo.


Com a colaboração de Amílcar de Castro, começou uma revolução gráfica no "JB". Naquela época, as primeiras páginas dos jornais eram ocupadas por matérias que continuavam nas páginas de dentro, quaisquer páginas. Através da intervenção de Jânio de Freitas, a primeira página ficou ocupada com resumos das notícias principais, que estariam completas numas mesmas páginas, conforme o assunto. Isso obrigou a escrever matérias em tamanho definido. Assim nasceu o papel diagramado: cada redator tinha que ater-se a um número exato de linha. O jornal ganhou em em organização e clareza. Pouco a pouco, os demais jornais absorveram as inovações sugeridas pelo Jornal do Brasil. 



quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cineastas indígenas: Imbé Gíkegü - Nguné Elü



      “Cineastas indígenas: Kiukuro, é dividido em dois comentários: “Imbé Gíkegü, Cheiro de Pequí” e “Nguné Elü, O dia em que a lua menstruou”. Nos mostra todas as tradições, crenças, mitos de um povo e também como os índios Kiukuro, do alto Xingu, se organizam em sociedade.

     Lançado em 2006, através de um projeto chamado “Vídeo nas aldeias”, que trabalha com a formação em produção áudio visual para os Kiukuro, o documentário é produzido pelos próprios índios da aldeia. Ganhou diversos prêmios como documentário, inclusive o de Melhor Curta-Metragem no Festival Présence Autochtone em Montréal, Canadá.


     Na primeira parte do documentário -
Imbé Gíkegü, Cheiro de Pequi – nos conta a lenda/mito do nascimento do fruto pequi. Um jacaré tomava a forma humana, cortejava e conquistava as mulheres da aldeia. O homem que foi traído matava o jacaré e no local onde este morreu nascia um pé de pequi. É mostrado também outras tradições e costumes sexuais dos índios. Segundo lendas, se os deuses Kiukuro estiverem felizes, haverá muito fertilidade e uma grande colheita de pequis. Quando o pequi está escasso, eles arranham os troncos das plantas com um dente de jacaré, para que volte a dar frutos.


     Na segunda parte do documentário - Nguné Elü, O dia em que a lua menstruou – é retratada outra lenda dos Kiukuro: a de que a lua menstrua. A lua é considerada homem, mas no momento em que ocorre um eclipse virá mulher. Eles acreditam que a lua está menstruando e que o sangue pingará como chuva.


Alunas: Luiza Callado, Maria Eugênia Forigo e Samara Garcia

Resenha: Entrevista com Getschko-FHC e documentário Ao Sul da Fronteira


Alunos: Leonardo da Cruz Silva, Alison Amaral, Felipe Leonel e Pedro Pinto

Ao assistir os três vídeos em questão, o documentário Ao Sul da Fronteira, realizado pelo diretor Oliver Stone e as entrevistas que Fernando Henrique Cardoso e o engenheiro Demi Getschko ao programa Roda Viva, podemos notar algumas temáticas em comum entre eles, além de falarem sobre a mídia, todos de certa maneira abordam o tema de liberdade. Liberdade de expressão na internet, de se livrar das amarras impostas por um país que insiste em transformar outros em seus fantoches e a liberdade de pensar grande e almejar novos horizontes para o país, temas esses que se misturam ao analisar todas como algo homogêneo.

A entrevista de Demi Getschko fala do futuro da internet no Brasil e discute assuntos do presente. Ao abordar uma legislação de internet apontou pontos interessantes, ao citar que para a maioria dos crimes que ocorrem na internet já existe legislação, o que falta é uma maneira eficaz de colocar essas leis em ordem, em suma, criar uma legislação sobre o tema seria se repetir, o que é necessário é saber como se defender e proceder em relação a esses problemas. Quando o tema da censura é abordado, ele se mostra incrédulo quanto a isso, já que a internet, meio constantemente mutável e dinâmico que é, arruma suas próprias maneiras de se livrar de qualquer amarra imposta, tudo que basta é conhecimento e vontade. Podemos fazer uma relação com o atual rebuliço que o caso SOPA/PIPA ocasionou. Estas eram medidas que pretendiam controlar o conteúdo da web que foram prontamente rechaçadas tanto por figuras notórias do meio como Mark Zuckerberg, criador do Facebook, quanto pela esmagadora maioria de usuários da internet. Ele foca que o necessário é arranjar maneiras de se adaptar ao choque que o compartilhamento de conteúdo causou na rede, visão esta que no ano de 2009 ainda era nebulosa que acabou se concretizando com empresas investindo cada vez mais no mercado de vendas digitais, medida que vem se mostrando eficiente.

Colocado diante da questão do fim dos jornais e eventual migração dos mesmos para versões online, ele trata o tema com bom-humor, e faz uma questão interessante ao perguntar se deveríamos pensar em salvar os jornais ou os bons jornalistas, continuarão estes a serem influentes na rede quanto são na versão convencional? Estamos diante de um meio que depende totalmente da escolha do usuário, que decide aquilo que ele deseja ler no momento, livre do conteúdo imposto pela redação de jornal. Podemos dizer que se antes os editores que decidiam aquilo que o público desejava ler, hoje quem decide as suas pautas é o clique do internauta.

Mais uma vez fazendo a comparação da época com hoje em dia, Getschko mesmo se mostrando relutante em fazer previsões para o futuro, acabou acertando em algumas e errando em outras, por exemplo, ao citar os celulares como aparelhos impróprios para o uso da rede, dizendo que eles não possuem a eficiência necessária para serem usados por um usuário comum já que são dispositivos pensados apenas na conexão orelha/boca. A revolução que foi os celulares operados totalmente por telas de toque e os tablets mostraram que a indústria arrumou sua maneira de contornar esse inconveniente, criando interfaces que a cada dia são mais intuitivas que privilegiam a navegação pela rede, medida que só incentiva a migração dos jornais para estes dispositivos ao invés das bancas de revistas.

Por fim, quando o assunto são as redes sociais e a dimensão que estas tomaram, ele ressalta que aos poucos as pessoas irão aprender a usa-las de maneira eficiente ao não expor conteúdo pessoal ou impróprio nas mesmas, uma espécie de método de tentativa e erro que se mostra necessário ao usuário de tais meios.

Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso focou sua entrevista em assuntos como economia, Venezuela e Mercosul, e até a então recente primeira eleição do presidente estadunidense Barack Obama. Ao falar de economia e da crise que corria na época, ele diz que o Brasil estaria preparado para enfrentar as dificuldades, mas que deveria estar atento ao que viria pela frente, ressaltando, por exemplo, que o país pouco fez acordos comerciais desde a sua época, quando realizou um tratado de comércio com o México. Ao citar a Venezuela e o desejo de uma unidade política na América do Sul, ele se mostra um tanto quando incrédulo ao falar que a mesma se encontra cada vez mais dividida politicamente, entre “Chavistas” e partidários de direita. Ele continua a falar da Venezuela quando é abordado o tema da inclusão desse país no Mercosul. FHC se mostra favorável a sua inclusão, desde que cumpra as clausulas presentes no tratado, ressaltando que este não deve tomar as dimensões de um palanque político, mas de um grupo que possui seu próprio regulamento independente dos alinhamentos de cada um de seus membros.

Ao falar de Barack Obama o ex-presidente é otimista, ressaltando que sua entrada dá espaço para renovação nos Estados Unidos, também destaca alguns pontos que ele vê como necessários para que o governo do então novo presidente seja efetivo, como promover boas relações com a China e com os países do Oriente Médio.

O terceiro vídeo analisado é o documentário Ao Sul da Fronteira, do renomado diretor Oliver Stone, famoso por fazer filmes políticos que invocam polêmica, agora o cineasta lança o seu olhar para os países da América do Sul, constantemente ignorados ou vistos de maneira errada pelos estadunidenses.
Ele começa entrevistando aquele que é o maior símbolo dos novos governos de esquerda da América Latina, Hugo Chavez. Mostra um vídeo da rede americana Fox News, aonde uma comentarista comete uma gafe ao trocar o nome de uma droga. Ao nos deixar ver a reação de todos no recinto, rindo da situação, o diretor quer demonstrar que essa parte da mídia pouco se importa com o que está falando, eles apenas querem mostrar Chavez, ou qualquer outro líder da região que não seja condizente com o seu país, como ditadores desumanos, sem responsabilidade com o que é veiculado.

Depois, mostra detalhes do processo que levou o presidente venezuelano ao poder, contrastando com a imagem de um Chavez simpático, amado pelo povo, simples e trabalhador, sempre transpirando, ao contrário dos já manjados políticos engravatados em suas salas com ar-condicionado. Enfim, ele tenta mostrar que o presidente é um ser humano, e não o demônio que a mídia americana aparentemente pinta. Por exemplo, temos a cena em que Chavez anda de bicicleta no gramado da casa que passou a sua infância e acaba caindo da mesma, logo após se levantando tranquilamente, aos risos, quase que em uma metáfora não intencional do golpe (que teve participação dos Estados Unidos) que o tirou do poder e logo depois foi rechaçado, com apoio massivo da população, levando-o de volta ao poder.

E Stone faz isso com a maioria dos líderes de esquerda da América Latina e em especial Raul Castro, de Cuba. Evo Moralez, Christina Kitchner, Lula etc. Todos deixando bem claras as suas intenções de serem independentes. Grandes por si só, longe das amarras impostas pelos países ditos poderosos.

É um documentário bem feito, pertinente, que coloca para o norte-americano uma visão diferente dos países ao sul de sua fronteira daquela dada pelos seus veículos midiáticos, mas deve ser visto com parcimônia, ainda mais por aqueles que trabalham na área de comunicação. Oliver Stone é um gênio do cinema e sabe como fazer impor a sua vontade, fazendo com que certas situações pareçam planejadas até demais. O que se deve dizer é que no mínimo, é um documentário feito por alguém que realmente tem vontade de mandar uma mensagem relevante, queira quem for recebê-la goste ou não.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Quem Vale Mais


GRUPO 2: ANDERSON CAMARGO, CHRISTIAN SILVANO E MARCO ANTONIO - 1 º ANO JORNALISMO NOTURNO - UEL







Desde Getúlio Vargas, Marechal Rondon e os Irmãos Villas Boas o projeto de colonização do interior do Brasil, passa por entraves. É perceptível que a maior parte da população habita a chamada faixa litorânea, marca registrada da colonização de um país de proporções continentais.


O inchaço nas grandes e médias cidades, a diminuição das vagas no mercado de trabalho e as más condições de vida podem ser amenizados desde que haja planos econômicos efetivos, estimulantes para que milhares de brasileiros deixem suas casas e migrem ao coração do país, em busca da prosperidade.

Nas regiões norte e centro-oeste existem longas extensões de terra, pouco exploradas que possuem riquezas como o gás, água, madeira, plantas e minérios. É neste ponto que se ergue um grande entrave, já que cerca de 350 mil indígenas habitam estas terras, na maioria reservas naturais e invioláveis homologadas há anos, levando governo após governo há um impasse, aparentemente sem solução.


Apesar da notória interferência do homem ocidental na cultura desses povos, estas ações trariam um choque sem precedentes na história continental e nacional. Todos os anos empresas entram no Congresso Nacional com pedidos de exploração; garimpeiros, fazendeiros e posseiros invadem essas terras, trazendo morte, fome e horror aos nativos.


Não é difícil imaginar, o que pode acontecer. O que é transmitido na imprensa, ocupando o imaginário popular é a imagem de povos atrasados, não civilizados e sem tecnologia. Para muitos cidadãos brasileiros, eles seriam os responsáveis pelo atraso da economia e viveriam como parasitas, ao não utilizarem as terras que lhe foram “dadas”, atrapalhando o progresso.

Essa imagem pode começar a ser desconstruída através de dois documentários filmados na tribo Kuikuro pelos índios Maricá Kuikuro e Takumã Kuikuro. O primeiro Imbe Gikegu (Cheiro de pequi) conta a história de um alimento essencial para esse povo do Alto Xingu, o pequi. Ele teria se originado através do cadáver do Deus Jacaré, morto enquanto dormia com duas irmãs casadas com um bravo guerreiro que instigado por um animal invejoso, vingou-se.



No segundo vídeo Nguné Elü (O dia em que a lua menstruou) é mostrado como o eclipse lunar pode mudar a rotina da aldeia, pois segundo a mitologia Kuikuro é neste dia que o Deus Lua transforma-se em mulher, menstruando sobre a terra. Assim após o eclipse, rituais tradicionais se realizam como a luta, cantorias, imitação de animais e ações como acordar os objetos (para que voltem a funcionar) e o arranhar do corpo para a purificação do sangue são praticadas.

Esses documentários mostram um pouco da rotina de uma das maiores tribos do país, com suas visões de mundo e principalmente as suas relações familiares e sexuais. Também é visível o contraste entre as roupas, os utensílios domésticos e os equipamentos modernos utilizados por eles em oposição com suas tradições, vivas em suas pinturas corporais, ornamentos e objetos de arte.

Esta rara iniciativa onde o ameríndio mostra seu cotidiano e sua cultura através de uma câmera, sem a interferência pesada do homem “branco”. Podendo suscitar discussões pertinentes sobre como utilizar e democratizar os recursos existentes neste país, sem destruir os lares e as histórias destes povos brasileiros que possuem os seus direitos assegurados na constituição, neste momento crucial.

Resenha - Documentário "Ao Sul da Fronteira" e do Programa Roda Viva FHC-DEMI GETSCHKO

Grupo 2: Anderson Camargo, Christian Silvano e Marco Antonio - 1 º Ano Jornalismo Noturno - UEL


"AO SUL DA FRONTEIRA”

Em “Ao Sul da Fronteira”, o jornalista e diretor norte-americano Oliver Stone percorre sete países da América Latina para ouvir, de seus próprios presidentes, suas percepções sobre o fenômeno político do começo do século: o surgimento de governos esquerdistas na América do Sul. Além de entrevistar os presidentes dos países esquerdistas, Stone nos mostra como a mídia norte-americana noticia os acontecimentos sul americanos. Seguindo o então presidente George W. Bush, os meios de comunicação passam aos estadunidenses a visão unilateral e extremista de um governo preocupado com essa forma de política em seu “quintal”.

Hugo Chávez, presidente da Venezuela, é o que ganha mais destaque no documentário. Visto como um homem forte por Oliver, ele é mostrado pela imprensa dos Estados Unidos como um ditador que precisa ser combatido. Além de também ser considerado ditador, o presidente da Bolívia, Evo Morales, é mostrado pelos noticiários como viciado em drogas. Já a família Kirchner na Argentina é tratada como “gangue”, muito provavelmente em represália ao fato do país tentar manter-se dependente de dinheiro estrangeiro, o que justifica sua briga com o FMI. No Brasil, Oliver ouve o então presidente Lula que é resumido pela mídia norte-americana como um “trabalhador esquerdista”. Politicamente mais centrado, Lula não é visto como uma ameaça pelos americanos.


De forma rara de se ver, Oliver Stone proporciona aos estadunidenses e ao mundo todo, uma nova visão sobre a política da América do Sul. A visão de quem está “em baixo”.  Ao final do documentário, o diretor expressa sua amigável impressão dos presidentes e condena o capitalismo predatório de seu país. A vitória de Barack Obama também é relatada, significando a esperança de um novo jeito de se relacionar com os países esquerdistas. O que fica claro em “Ao Sul da Fronteira” é a visão única da mídia dos Estados Unidos, que não conhece a fundo a história dos países e de seus governantes. Desse modo, mostram ao mundo a visão estereotipada de uma realidade de mil faces.

RODA VIVA

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO (2009)


Transmitido pela TV Cultura, o programa Roda Viva em março de 2009, contou com a participação do sociólogo e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Intelectual de renome é associado principalmente à implantação do Plano Real, responsável pela diminuição das altas taxas inflacionárias e o fortalecimento da economia brasileira no final da década de 90.

O tema privatizações iniciou o programa, referindo-se as ações de seu governo (1994-2002), sofredoras de críticas por parte de intelectuais e políticos opositores nos últimos anos. Segundo o ex-presidente elas teriam começado no mandato anterior, após decisão do Congresso Nacional, com o propósito de conter a dívida do país. Em seguida enfatizou como sua iniciativa a regulamentação dos principais setores da economia, promovendo a eficiência nessas áreas através das quebras de monopólio e maior liberdade de mercado, considerando um bom negócio para o governo.

Em seguida foi abordada a implantação do sistema monetário nacional, iniciada enquanto ocupava a posição de Ministro da Fazenda, onde discorreu sobre a insegurança que pairava sobre os bastidores da política em relação à troca de moeda, considerando a grande inflação que corria o Cruzeiro. Aproveitou o assunto para desmentir rumores sobre a desunião entre seus partidários naquele período e explicou sobre o PAI (Programa de Ação Imediata), ponta pé inicial da mudança econômica.


Ao ser indagado sobre as políticas sociais e econômicas no governo do petista Luis Inácio Lula da Silva (2002-2010), buscou através de críticas moderadas, demonstrar a sua influência no sucesso do governo vigente, como decorrente das bases herdadas de sua gestão. Relembrando que muitas das instituições e políticas fiscais foram ampliadas e enfatizando as pioneiras ações sociais nos diversos setores, como o SUS (Sistema Único de Saúde) e as “bolsas” aos cidadãos de baixa renda.

Destacou os problemas enfrentados em seu governo, como a crise nos Tigres Asiáticos. Sempre com um toque neoliberal, se eximiu de questionamentos polêmicos e creditou a sua experiência como chefe de estado, a credibilidade para analisar o cenário político vigente naquele ano. Diagnosticou a política internacional e a crise econômica (2007-?), propondo um novo pacto mundial e mudanças nas ações do Banco Mundial, que segundo ele estaria nas mãos do governo norte-americano.

Questionado sobre governabilidade no país, afirmou que a preponderância de setores atrasados no controle dos bastidores políticos dentro das coligações como um fator crucial no atraso econômico brasileiro. Também procurou demonstrar as semelhanças entre seu partido e o PT, sendo que as críticas existentes seriam motivadas pela busca de poder e não pelas mudanças nas diretrizes político-econômicas nacionais.


Ao final do programa defendeu a diminuição do número de deputados e em tom firme apoiou a mudança do sistema político, pois segundo ele os atuais parlamentares dificultam as políticas fiscais propostas pelos governos, atrapalhando o desenvolvimento. Desmentiu rumores que seria contra plenárias para a presidência da república nos principais partidos e em tom alegre, despediu-se.

DEMI GETSCHKO (2009)             

Em mais um debate atual e perspicaz, o Roda Viva trouxe em abril de 2009, o diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Demi Getschko, considerado um dos "pais" da Internet no Brasil.

A entrevista começou com os problemas de ordens técnicas da Internet brasileira, como as falhas no sistema que é atacado por hackers. Sem contar as falhas de conexão que cai devido à ligação via cabo, um tanto precária no Brasil.

A inclusão digital, tema recorrente quando se fala em Internet, não deixou de ser discutida. Segundo Getschko, se compararmos hoje a 15 anos atrás, evoluímos, porém não avançamos muito. Uma boa solução seria a intensificação de políticas públicas, porém, o Brasil é um país de grande extensão territorial, dificultando o alcance em todas as áreas.

Geradora de polêmica, a Banda larga (a capacidade de transmissão para a conexão), foi amplamente discutida, visto que é uma das mais caras e piores do mundo. Para Demi Getschko o problema é estrutural, ou seja, o meio pelo qual ela é transmitida (fibra óptica, capilares de cobre, tv a cabo) que dificulta seu melhor aproveitamento.

Quanto à liberdade de expressão na rede, o entrevistado afirmou que devemos ter cuidado, pois na Internet pode haver distorções. Um jeito de restringir problemas de fraudes é investir em protocolos específicos, no caso de bancos e empresas, protegendo a rede.

Também afirmou que acha errado punir a rede e não o autor de um crime de Internet, pois acaba punindo todos que a usam.


Não se pode esquecer a participação do cartunista, que sempre faz uma crítica do entrevistado. A mais interessante foi a dos termos que Getschko usa: em inglês e muito técnicos.

Talvez, um dos temas explanados mais interessantes foi à baixa demanda dos jornais impressos, consequência da alta audiência na Internet. Mas, na opinião de Demi, o jornalismo de qualidade sobreviverá.

Demi Getschko gostaria que futuramente houvesse uma colaboração internacional para combater os crimes na Internet, para discutir os aspectos dela, a liberdade e expressão, a inclusão digital e a Internet “neutra”, a qual os provedores podem privilegiar outros meios.

Para finalizar, Demi afirma que os brasileiros são mais expostos nas redes sociais do que outras nacionalidades. Isso, segundo ele se deve por causa de uma ingenuidade do brasileiro. 

Resenha sobre os videos indigenas



Índios Kuikuro durante apresentação no Parque Indígena do Xingu 
Nguné Elü(O dia em que a lua menstruou) e Imbe Gikegu (Cheiro de pequi),são dois vídeo documentários produzido por dois índios da tribo Kuikuro, Maricá Kuikuro e Takumã Kuikuro produzidos no projeto Video na Aldeia.Nesse projeto os dois índios cineastas contam um pouco da cultura e do cotidiano de sua tribo localizada no Parque indígena do Xingu no estado do Mato Grosso.

No vídeo Nguné Elü(O dia em que a lua menstruou),eles mostram um dia onde um eclipse lunar muda toda a rotina da aldeia.Como sugere o nome do vídeo,os índios acreditam que nesse dia a lua que é homem,transforma-se em mulher e  menstrua, e por esse motivo eles tem que fazer vários “rituais” para que tudo volte a normalidade.Dentre esses rituais destacam se o ato de “acordar” os objeto para que eles voltem a funcionar como antes ou o ato de imitar animais da floresta.
No segundo vídeo, Imbe Gikegu (Cheiro de pequi),os índios contam a lenda sobre o surgimento de um alimento muito importante para eles,o pequi.Nessa lenda,eles narram que o pequi surgiu através do corpo do jacaré enterrado após ser morto por um índio que descobriu que suas mulheres o traiam com o jacaré.Nesse vídeo fica mais claro algumas tradições sexuais indígenas.




Apesar da cultura deles já ter sido bastante influenciada pela cultura de fora da aldeia como podemos perceber no uso da bicicleta,  televisão,roupas e demais produtos industrializados,eles ainda mantém bem vivas algumas de suas lendas e tradições.Essas histórias narradas nos vídeos podem no parecer muito estranhas e não nos fazer sentido,mas para os índios,contextualizadas na cultura deles,são muito importantes para evitar que sua cultura ancestral desapareça.É interessante notar nessa diferença cultural que vários assuntos que poderiam nos deixar constrangidos,são tratados por eles de forma natural,mostrando um estado de inocência.Esse projeto é muito importante para a preservação da cultura indígena e outros projetos de defesa como esse deveriam ser mais incentivados.

Alison,Pedro,Leonardo e Felipe

Vida indígena no Brasil

GRUPO - SEMINÁRIO IV - BRUNA OZUNA SONODA, NICOLY BELLO E THIAGO IENCO




Atualmente no Brasil existem cerca de 350 mil indígenas, isso representa 0,2% da população brasileira segunda a FUNAI (Fundação Nacional do Índio). Ainda também segundo a FUNAI a população indígena no Brasil vive em sua maioria, cerca de 60%, na Amazônia, mas registrasse a presença de indígenas em quase todo o território nacional.


Essas populações já estavam no Brasil muito antes que este fosse explorado pelos europeus, mas com o passar dos anos após o descobrimento os indígenas foram migrando para as cidades e perdendo um pouco de suas identidades, hoje muitos deles morram em barracos e vivem ou de caridade ou da venda de artesanato nas ruas.

A questão indígena é um grande ponto da agenda social do governo, pois apesar de encontrar-se em sua maioria na Amazônia vivendo por vezes isoladamente, os índios têm seus diretos de cidadãos. E é para isso que a politica indigenista luta para garantir que esse povo tenha condições dignas de vida e possam também continuar suas tradições.

E foi justamente para mostrar suas tradições que foi criada a série de documentários Vídeos nas aldeias. Documentários indígenas onde os próprios índios foram os atores, câmeras e personagens. Uma serie que mostra uma cultura aos olhos daqueles que fazem parte dela, uma visão de si passada para o mundo.

A série de documentários mostra a realidade dos índios de seus ritos e tradições, e o talento de índios para o cinema. E o mais importante mostra aos “brancos” a realidade dos índios, que como fica claro nos documentários é bem diferente e causa até um estranhamento.




















E um dos documentários fica claro a crença das tribos em coisas que nos soam muitas vezes fantasiosas perante nossa cultura, mas que são tratadas seriamente por quem as vive. Mas isso é só uma diferença de culturas que nos também certamente causamos neles com nossos hábitos. Mas frente a isso a grande questão é que quem tem de se acostumar para socializar se são eles. Isso acaba levando a uma perca de seus traços culturais.