GRUPO - SEMINÁRIO IV - BRUNA OZUNA SONODA, NICOLY BELLO E THIAGO IENCO

O Diário Carioca implantou no jornalismo brasileiro a técnica redacional norte-americana do lide e do sublide, que veio substituir, em nosso jornalismo, o velho "nariz de cera". A nova técnica introduzia o leitor de imediato no fato que estava sendo noticiado, já que, em dois parágrafos de quatro linhas cada, saberia o fato que se queria contar, quem era o autor da ação, onde e quando ocorrera e por quê, se fosse o caso.

Alguns redatores se transferiram para o Jornal do Brasil em 1958, no momento em que se iniciou a renovação do velho jornal, então transformado num veículo de anúncios classificados. Nem redação tinha mais, e as notícias eram transcrições do que publicava a agência oficial do governo federal.

A renovação do Jornal do Brasil começou, de fato, com o suplemento literário (o "SDJB"), criado por Reynaldo Jardim no ano de 1956. O êxito desse suplemento estimulou Pereira Carneiro, sua proprietária, a renovar o próprio jornal. Odylo Costa Filho foi chamado para fazê-lo.
Com a colaboração de Amílcar de Castro, começou uma revolução gráfica no "JB". Naquela época, as primeiras páginas dos jornais eram ocupadas por matérias que continuavam nas páginas de dentro, quaisquer páginas. Através da intervenção de Jânio de Freitas, a primeira página ficou ocupada com resumos das notícias principais, que estariam completas numas mesmas páginas, conforme o assunto. Isso obrigou a escrever matérias em tamanho definido. Assim nasceu o papel diagramado: cada redator tinha que ater-se a um número exato de linha. O jornal ganhou em em organização e clareza. Pouco a pouco, os demais jornais absorveram as inovações sugeridas pelo Jornal do Brasil.
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