Alunas: Agnes Nunes Rodrigues
Bruna Diniz
Shirlley Lopes
William Oliver Stone é diretor de cinema norte americano, já
trabalhou em filmes e em documentários vistos e comentados em todo mundo. Entre
eles, o filme-documentário “Ao sul da fronteira”. Para a realização deste,
Stone percorreu praticamente toda a América do Sul. Na viagem, o diretor
entrevistou, teve conversas informais com os presidentes Hugo Chávez, Cristina
Christner, Evo Morales, Fernando Lugo, Raúl Castro e Luiz Inácio Lula da Silva.
Dos respectivos países: Venezuela, Argentina, Bolívia, Paraguai, Cuba e Brasil.
O documentário começa
expondo programas de TV norte americanos visto por todos os Estados Unidos em
que apresentadores apontam como ditador o presidente venezuelano Hugo Chávez.
As acusações seriam devido à rivalidade entre o presidente do país sul americano
e o então presidente dos EUA George W. Bush. Assim, segunda a opinião, o ponto
de vista nada imparcial de Stone.
As disputas e o forte interesse por petróleo declarado pelo
país norte americano também é retratada no documentário. Além disso, há cenas
intercaladas de entrevistas descontraídas e de campanhas midiáticas feitas
pelas emissoras dos EUA, opositoras das mudanças que se deram na América do
sul.
O longa metragem expõe o quanto os países do território sul
americano conseguiram prosseguir, mas que ainda dependem muito financeiramente
e de outros aspectos dos Estados Unidos.
“O filme é destinado a 80% de pessoas que não
são representadas nesse tipo de filme, os 80% que foram beneficiados pelas
políticas desses novos líderes”. – William Oliver Stone.
O ex-presidente da república e sociólogo, Fernando Henrique
Cardoso, foi entrevistado no programa Roda Viva, em 2009. Dentre as questões
levantada durante o programa, a privatização de algumas empresas no período de
se mandato, não poderia deixar de ser feita. Em resposta, Fernando Henrique Cardoso
declarou que essa decisão de privatizá-las foi a melhor medida que poderia ter
tomado na época. E quando questionado sobre o destino do dinheiro dessa ação,
ele é direto em sua resposta. “O dinheiro das privatizações foi para o tesouro
nacional.”.
Lembra-se dos projetos que foram feitos durante o seu
governo e que têm seus benefícios visíveis até hoje, mesmo aqueles que não
foram atribuídos ao seu governo, como é o caso da criação do SUS.
“Presidente da república por dever de oficio é otimista,
agora eu sou ex-presidente, eu posso ser mais realista.” Declara, em relação à
crise econômica mundial da época em que o programa foi
exibido.
FHC falou ainda sobre o Plano Real que iniciou no período da
presidência de Itamar Franco, quando ele era Ministro da Fazenda em 1994. O
plano econômico foi o responsável por derrubar a inflação. Ficou e ainda é
conhecido como o programa mais bem sucedido entre todos aqueles lançados nos
últimos anos para combater casos de inflação crônica.
Já correlacionando a entrevista concedida pelo ex-presidente
do Brasil com o documentário “Ao sul da fronteira”, podemos tratar sobre a
questão de aproximação entre nosso país e a Venezuela, através do presidente
Hugo Chávez. Muito se fala e no filme-documentário também é possível notar que
essa proximidade é dada a partir do governo Lula, o que o FHC rebate durante
sua entrevista. Segundo ele, a aproximação entre os dois países sul americanos
começou quando ele ainda era chanceler, época em que Caldera, antecessor de
Chávez estava à frente do governo venezuelano. Caldera era extremamente
favorável à América Latina. FHC apoiou a integração energética entre as nações.
Declarou que depois, entretanto, devido aos interesses econômicos distintos, a
união esfriou.
No documentário, quando Lula é perguntado pelo cineasta Stone
a respeito da criação do MERCOSUL e da entrada da Venezuela no bloco, o então
presidente da época mostra ser de total favor às duas questões. Enquanto que
Fernando Henrique diz ao Roda Viva que é necessário saber, questionar se a
Venezuela obedeceria os pré requisitos de quaisquer outros países para poder
entra no MERCOSUL.
Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Demi Getschko,
engenheiro elétrico que é considerado o “pai” da internet no Brasil, fala sobre
a encruzilhada em que a rede se encontra. Enquanto de um lado ela é considerada
uma rival bem sucedida da economia de alguns países espalhados pelo mundo, do
outro lado temos os danos que existem com ela, como os “cyber” crimes que vem
crescendo conforme a tecnologia vai avançando. Estudos revelam que daqui a 10
anos, cerca de 90% dos crimes cometidos no Brasil serão feitos via internet,
por ser mais seguro para os criminosos.
A internet pode ser considerada um
ambiente hostil, onde as pessoas estão em constante exposição, geralmente por
opção própria, onde estão sujeito aos crimes já citados, mas também sofrer
críticas, e que não tem nenhum direito de resposta garantido por lei, e onde
tais pessoas que podem sair ofendendo as pessoas pela rede não poderia ser
legalmente responsabilizado por nada. O ideal era que existisse uma “lei da
internet” que impedisse qualquer dano, mas como foi dito por Demi Getschko, sempre existe uma forma de passar por cima de
censura na internet.
Quando o assunto toma outro rumo e passa a ser a distribuição
da internet no país, Getschko diz não ser fácil adotar um programa de Banda
Larga Nacional, pois, apesar de ser o ideal, dificilmente o sinal chegaria com
a mesma potência em todas as partes do Brasil, e que a inclusão digital do
brasileiro não depende apenas do sinal, mas que tem todo um problema de
infraestrutura envolvido nisso. “Não adianta ter um computador, se o brasileiro
mal tem o dinheiro pra pagar a internet, ou não tem nem uma mesa onde colocar o
aparelho.”.
Mesmo diante de todos os problemas em volta do assunto,
existe ainda a praticidade e utilidade da mesma, que tornam a mesma, aos olhos
dos seus usuários, não tão problemática.
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