Resquícios da Ditadura militar na imprensa brasileira
Grupo: Luiza Callado, Maria Eugenia Forigo e Samara Garcia
Na Europa a
história da imprensa começa nos anos 50/60. Já no Brasil o surgimento da
imprensa foi considerado tardio. A imprensa começou a se tornar algo forte na
década de 90, mas deu seus primeiros passos em 1808, mesmo ano da chegada da
Família Real.
Na época os
jornais tinham uma característica complexa: viviam do interesse político e
financeiro, do interesse pessoal do chefe de redação e tinha uma influência
francesa na escrita, textos literais e rebuscados. O jornalismo se tornou uma
empresa.
O primeiro jornal,
Jornal do Brasil, veio acompanhado da modernização, mas ainda era escrito de
acordo com a influência europeia. O Diário Carioca, já era diferente, mais objetivo
na escrita, crença norte-americana, e introduziu o lead: uma maneira de escrever que é usada até hoje.
Golpe de 64 e
o início da ditadura militar no Brasil. AI-5: “Impunha
a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.”
A grande imprensa sofria censura da ditadura ou se aliava com o governo,
enquanto que a imprensa alternativa (nanica) denunciavam os abusos de tortura e violação dos
direitos humanos no Brasil. A imprensa alternativa era redigida por jornalistas
de movimento popular ou de orientação política de esquerda, em boa parte,
despedidos dos grandes veículos.
Revista
Realidade, uma revista que mostrava entendimento sobre o presente, tinha
grandes reportagens que realmente mostravam o cotidiano, nasceu em novembro de
1964. Bondinho e Ex, jornais da época da ditadura que relatavam direta ou
indiretamente a verdadeira situação política tinha grandes nomes, como Pasquim,
nos bastidores. São jornais e revista que marcaram a época.
Em 25 de outubro de 1975, sob tortura, foi
assassinado o jornalista chefe da TV Cultura, Vladimir Herzog. Porém
o governo ‘manipulou’ a cena do crime e fotografou. Com isso a imprensa toda se
movimentou atrás da verdade e a partir desse ocorrido a censura e a ditadura
foram perdendo sua força. “Naquela época o verdadeiro sentido do jornalismo era
ir atrás da verdade, hoje em dia com a internet o jornalismo está muito
diferente.” Conta Elvira Alegre, fotógrafa que participou do velório e enterro
de Herzog.
Hoje em dia, o
jornalismo não sofre censura do governo, mas os próprios jornalistas, às vezes,
se autocensuram e isso são apenas as marcas que a ditadura deixou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário