quinta-feira, 29 de novembro de 2012


Resquícios da Ditadura militar na imprensa brasileira

Grupo: Luiza Callado, Maria Eugenia Forigo e Samara Garcia

Na Europa a história da imprensa começa nos anos 50/60. Já no Brasil o surgimento da imprensa foi considerado tardio. A imprensa começou a se tornar algo forte na década de 90, mas deu seus primeiros passos em 1808, mesmo ano da chegada da Família Real.
Na época os jornais tinham uma característica complexa: viviam do interesse político e financeiro, do interesse pessoal do chefe de redação e tinha uma influência francesa na escrita, textos literais e rebuscados. O jornalismo se tornou uma empresa.

O primeiro jornal, Jornal do Brasil, veio acompanhado da modernização, mas ainda era escrito de acordo com a influência europeia. O Diário Carioca, já era diferente, mais objetivo na escrita, crença norte-americana, e introduziu o lead: uma maneira de escrever que é usada até hoje.

Golpe de 64 e o início da ditadura militar no Brasil. AI-5: “Impunha a censura prévia para jornais, revistas, livros, peças de teatro e músicas.” A grande imprensa sofria censura da ditadura ou se aliava com o governo, enquanto que a imprensa alternativa (nanica) denunciavam os abusos de tortura e violação dos direitos humanos no Brasil. A imprensa alternativa era redigida por jornalistas de movimento popular ou de orientação política de esquerda, em boa parte, despedidos dos grandes veículos.


Revista Realidade, uma revista que mostrava entendimento sobre o presente, tinha grandes reportagens que realmente mostravam o cotidiano, nasceu em novembro de 1964. Bondinho e Ex, jornais da época da ditadura que relatavam direta ou indiretamente a verdadeira situação política tinha grandes nomes, como Pasquim, nos bastidores. São jornais e revista que marcaram a época.
Em 25 de outubro de 1975, sob tortura, foi assassinado o jornalista chefe da TV Cultura, Vladimir Herzog. Porém o governo ‘manipulou’ a cena do crime e fotografou. Com isso a imprensa toda se movimentou atrás da verdade e a partir desse ocorrido a censura e a ditadura foram perdendo sua força. “Naquela época o verdadeiro sentido do jornalismo era ir atrás da verdade, hoje em dia com a internet o jornalismo está muito diferente.” Conta Elvira Alegre, fotógrafa que participou do velório e enterro de Herzog.

Hoje em dia, o jornalismo não sofre censura do governo, mas os próprios jornalistas, às vezes, se autocensuram e isso são apenas as marcas que a ditadura deixou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário